segunda-feira, 29 de abril de 2013

Artigo sobre as fragilidades do padre

Andei vendo a polêmica criada em Bauru pela saída do Pe. Beto. Amanha comento isso. Aproveito o bonde pra postar um artigo interessante que a UNISINOS lançou na Internet hoje falando sobre as fragilidades que o padre vive hoje. A reflexão é do cientista social italiano Christian Albini, em artigo publicado no sítio Vino Nuovo, 11-10-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Eis o texto. 


O desconforto do padre é um fato que hoje, diferentemente do passado, é mais evidente. Quais são as situações pessoais e eclesiais que não ajudam a reconhecer os limites relacionais do padre, mas podem até alimentá-los, encorajando comportamentos que são danosos para os outros e para si mesmo? A manifestação mais grave e evidente é a dos casos de abuso sexual. Mas há muitas outras problemáticas menos aparentes: vícios, autoritarismo, carreirismo, fixação no cargo, isolamento... Esses apontamentos para um discernimento sobre a pessoa do padre e as suas fragilidades nascem de uma troca entre alguns padres e leigos, e são pensados para favorecer a reflexão. A ideia de fundo é que o padre não deve ser deixado sozinho, mas sim apoiado e acompanhado, assim como ele acompanha a sua comunidade.

  1. A teologia e a espiritualidade do sacramento da Ordem, expressões de um rosto da Igreja Que teologia e espiritualidade do sacramento? Se ele não for considerado, a partir do sacramento do Batismo, no contexto da pluralidade e da comunhão dos carismas em que o ministério ordenado se configura como serviço, há o risco de provocar uma percepção "mágica" e individualista do sacramento, pela qual o ordenado se pensa como um eleito que é mais do que homem. Tudo isso alimenta um senso distorcido de si mesmo e uma ilusão de autossuficiência. Na raiz, há uma visão da Igreja. A superação da imagem do padre como "separado" e "preservado", por força da ordem, das fragilidade alheias corresponde ao modelo de Igreja promovido pelo Vaticano II, centrada na eclesiologia de comunhão em que fiéis e pastores pertencem ao Povo de Deus em fraternidade e corresponsabilidade (unidade na diversidade). Na raiz, há a parábola dos operários na vinha e a alegoria da videira e dos ramos, e o consequente ensinamento de Jesus sobre aos apóstolos a não seguirem as lógicas de poder e lavarem os pés uns dos outros (cf. Mc 10, 35-45; Jo 13, 1-17).

2. A relação entre experiência humana e experiência de fé Gratia non tollit naturam sed perficit (Tomás de Aquino). Deus não faz nada sem a nossa liberdade e responsabilidade. O caminho de fé vai de mãos dadas com o caminho de crescimento humano, segundo a lógica da Encarnação. Como dois esposos, que também receberam um sacramento, eles podem precisar de um suporte qualificado das ciências humanas por causa das suas dificuldades relacionais, assim também o padre, em cuja vocação não entra só a vontade, mas também a vivência psicológica. Rejeitar essas contribuições em nome do sacramento recebido pode se tornar uma desculpa para não revelar a verdade sobre si mesmos e para não favorecer uma verdadeira formação da espiritualidade. Um autêntico caminho humano e um autêntico caminho espiritual vão de mãos dadas; caso contrário, confunde-se a espiritualidade com uma sucessão de práticas e de "deveres" de oração, sem um verdadeiro caminho de conversão do coração. Em particular, a elaboração de uma relação positiva, serena e madura com a subjetividade feminina é um passo indispensável. Tudo isso faz parte daquela custódia do coração que o Senhor ensinou como necessária para a verdadeira conversão (cf. Mt 6, 22-23; 15, 18-19; Mc 7, 20-22; Lc 6, 45).

  3. A relação com a sexualidade, o poder, o dinheiro Onde o caminho humano e espiritual permanece incompleto, o padre continua sendo prisioneiro do seu ego e das idolatrias, razão pela qual prevalece nele a busca da própria gratificação ou o sofrimento pela sua frustração, escondido atrás da máscara do seu próprio papel (removendo os conflitos psicológicos). Daí derivam os comportamentos patológicos e lesivos para si mesmo e para os outros. A forma mais evidente e estigmatizada é a dos comportamentos sexuais, com os casos extremos, mas também há outros que dizem respeito principalmente à relação com o poder nas suas diversas nuances, com o dinheiro, a busca por alguma forma de relevância ou refúgio em uma identidade forte (sobretudo em nível de imagem). Aqui se requer levar a sério aquela "luta espiritual", cujo paradigma são as tentações de Jesus no deserto (cf. Mt 4, 1-11; Lc 4, 1-13). "Tu deves lutar em ti mesmo, porque a luta procede das profundezas do teu coração" (Orígenes). É preciso prestar atenção a sistematizações educativas, mesmo que de "sucesso", que preferem a liderança carismática e o verticalismo, porque na adesão a um líder e a um grupo pode-se encontrar uma via de fuga da atenção a si mesmo.

  4. A relação entre os padres e o bispo É indispensável favorecer uma comunicação o máximo possível aberta e sincera, aprendendo também as modalidades de respeito e de escuta que nem sempre se encontram entre coirmãos. Em particular, cabe ao bispo a atenção às situações de desconforto e aos comportamentos danosos, assim como a vigilância sobre aquelas realidades em que o pertencimento particular pode ofuscar a comunhão e a diocesaneidade. Que contextos e atenções podem favorecer o exercício de uma correção fraterna em revisão de vida (cf. Mt 18, 15.21-22; Lc 17, 3-4)? Não deveria ser o Evangelho (em que Jesus envia os apóstolos a anunciar o Reino e a curar em fraternidade, pobreza e gratuidade) o critério de medida do "estilo" do padre, do seu modo de viver e de se comportar (cf. Mt 10, 7-10; Lc 9, 1-6; 10, 1-4)? Em um horizonte de comunhão e de fraternidade presbiteral, a sinceridade recíproca e a verificação disso (com a atenção a formas que não oprimam e desvalorizem a pessoa) é indispensável.

  5. A relação com a comunidade O padre exerce o seu ministério pastoral "sobre a" comunidade ou "na" comunidade? Há o hábito a um estilo de relações pelas quais se vive a comunidade como uma realidade de "família" na sua pluralidade de sujeitos ou prevalece o isolamento? As decisões são tomadas "monarquicamente" ou exercendo a escuta e o debate para acolher as diversas sensibilidades e pontos de vista? Como educar os jovens padres para a comunidade e como ajudar os padres já à frente no ministério para rever os seus próprios hábitos? Como as unidades pastorais podem ser uma ocasião para favorecer um estilo relacional entre os padres com a comunidade? (cf. At 2, 42-47; At 4, 32-35).

  6. As culpas dos irmãos Quando se verificam casos graves, como a Igreja pode revelar a verdade e a justiça, continuando, ao mesmo tempo, a ser mãe? Que atenções, em uma perspectiva evangélica, devem ser dadas com relação às vítimas e com relação a quem é culpado? (cf. Mt 6, 14-15; Mt 18, 21-22; Lc 6, 36ss; Rm 15, 7; Ef 4, 32; Cl 3, 12ss.).

terça-feira, 16 de abril de 2013

Artigo de José Maria Castilho, teólogo espanhol sobre o novo modelo de sacerdote que o Papa Francisco está colocando

Peguei o artigo já traduzido do site da UNISINOS http://www.ihu.unisinos.br/noticias/519310-o-novo-papa-novo-modelo-de-sacerdote-artigo-de-jose-maria-castillo O novo estilo de se apresentar em público, que o papa Francisco está manifestando e que tanto chama a atenção das pessoas, é mais profundo do que seguramente imaginamos. É verdade, há alguns dias, eu dizia que não basta caminhar de sapatos (e roupas) para renovar a Igreja. Hoje, devo insistir num outro aspecto do problema, que me parece inteiramente necessário. Mais do que isso, fundamental. Refiro-me a algo que é muito mais importante do que a roupa que alguém usa. Falo do estilo e da forma de se relacionar com os demais, com as pessoas de um modo geral. Não há dúvida de que este papa é diferente. Em muitas coisas, é como um homem igual a todos, como uma pessoa a mais. Ao menos, essa é a impressão que produz em quem o vê, ouve ou se dirige a ele. Despojou-se de todos os adornos que pôde. E se esforça para se comportar como um homem normal. Nem mais, nem menos do que isso. Bom, pois é isto que a mim parece que representa um “novo modelo de sacerdote”. Por quê? Ao fazer esta pergunta, encaramos uma questão que no cristianismo possui uma importância que talvez não suspeitamos. Na carta aos Hebreus, ao apresentar Jesus (Hb 3,1) como “sacerdote” (Hb 2,17-18), o autor da carta afirma que Cristo, “para poder ser um sacerdote misericordioso e fiel”, precisou se fazer “em tudo semelhante aos seus irmãos” (Hb 2,17a). E assim, cumprindo essa condição, capacitou-se “para expiar os pecados do povo” (Hb 2,17b). O verbo que o texto original utiliza é o verbo homoioô, que expressa conformidade, totalmente semelhante (G. Haufe). Isso nos remete a nada menos do que a kenosis de Deus em Jesus (Fl 2,6-7). Deus se despojou de todas as suas dignidades e diferenças. E, assim, feito “como um entre tantos”, é a forma como trouxe salvação e esperança para este mundo tão desesperançado. O critério é claro e, ao mesmo tempo, tremendo. Para dar esperança, fé e aproximar Deus das pessoas, a primeira coisa que precisamos fazer, aqueles que pretendem colaborar nesta tarefa, é suprimir diferenças, distâncias, dignidades, condutas de superioridade. Quem não fizer isso, irá como palhaço pela vida, não como sacerdote. E é isto o que dá pena. E dá muito que pensar quando alguém vê os padres jovens, que a primeira coisa que fazem, tão logo são ordenados para o que for, é colocarem a vestimenta que os distinguem e que diz: “eu sou distinto, sou superior, sou sagrado e consagrado, e tenho alguns poderes que vocês não têm, nem terão, a não ser que algum dia se pareçam comigo!”. Já sei que ninguém é tão estúpido para pensar e sentir tudo isso. Os padres que se vestem de padres fazem isso porque “assim é ordenado”. E são homens obedientes às normas que vem de Roma, da Cúria ou do Vicariato. Nessa atitude de obediência, merecem todo o respeito. E, no que a mim diz respeito, inclusive, verdadeira admiração. Porque eu não usaria essa roupa, nem que a guarda civil viesse me colocar. Mas, é que – não sei se estou certo – eu acredito firmemente que a teologia do Novo Testamento tem mais autoridade, neste assunto, do que a autoridade que as normas e costumes que vem de Roma podem ter. E mais, eu me pergunto se Jesus deu poder para a autoridade eclesiástica decidir como é preciso que as pessoas se vistam. Sobretudo, quando levamos em consideração que a vestimenta é apenas um indicador de todo um “modelo de pessoa”. E é aqui onde gostaria de chegar. O papa Francisco está dizendo à Igreja, com sua simplicidade e modéstia, o que já disse numa de suas mais recentes intervenções: a responsabilidade pela degeneração, vivida pela Igreja, é dela própria. Subiu-nos fumaça na cabeça, no clero entrou gente vulgar e trepadora, ficaram escondidas coisas que nunca deveriam ficar escondidas, querem manter privilégios, distâncias e dignidades que nada tem a ver com Jesus e o Evangelho. Por esses caminhos, está claro que só vamos aumentar as distâncias, ficando cada dia mais atrasados. E reduzidos ao cultivo dos limitados grupos conservadores que nos restam. Já o cardeal Albert Vnhoye, o melhor conhecedor (católico) da carta aos Hebreus, fez-nos tomar consciência de que, precisamente, a originalidade desta carta está no fato de que vê o sacerdócio de Cristo, dentro do assunto que estamos tratando, exatamente contrário a forma como é apresentado no Antigo Testamento. A condição para aceder ao sumo sacerdócio, no antigo Israel, era a separação. Essa dignidade, apenas os levitas podiam alcançar. E, dentro dos levitas, para o sumo sacerdócio era necessário pertencer à família de Aarão e à estirpe de Sadoc (Ex 29, 29-30; 40,15; Eclo 45,13/16. 15/19. 24/30). Ao que era necessário acrescentar os solenes ritos, sacrifícios, unções, vestimentas especiais, que aquele sacerdote levava consigo (Ex 29; Lv 8-9). No entanto, no caso de Jesus, nada disto é mencionado. O sacerdócio de Cristo não é “ritual”, mas “real” (Hb 5,7-10; 9, 11-28). Por isso, de Jesus não se exigiu separação ou dignidade alguma, mas, ao contrário, sua vida foi um descenso imparável, até acabarem seus dias, da mesma forma como acabavam os dos últimos, naquela sociedade cruel: desprezado, cuspido, torturado e colocado entre os malfeitores. E assim consumou o seu sacerdócio. O papa Francisco iniciou um novo caminho para os sacerdotes na Igreja. Que todo aquele que busca dignidades, privilégios, categorias próprias de escolhidos e coisas assim, que procure em outro lugar. Porque, na realidade, não foi o papa Francisco, nem sequer São Francisco de Assis, em quem se inspira, mas foi o próprio Deus, em Jesus, que abriu o caminho que a todos nós desconcerta. O único caminho que leva à verdadeira humanização, que dignifica este mundo: o caminho que “os últimos” nos apontam, aqueles que Jesus destacou como “os primeiros”.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

LITURGIA DO PROXIMO DOMINGO: 3 DA PASCOA

LITURGIA DO 3 DOMINGO DA PASCOA - CELEBRAÇAO EM ESPANHOL E PORTUGUES EM QUEBEC


SALUDO DEL PRESIDENTE:
+ En el nombre del Padre….

ACTO PENITENCIAL. / Se canta él Gloria
 
  ORACIÓN COLECTA
Señor, tú que nos has renovado en el espíritu al devolvernos la dignidad de hijos tuyos, concédenos aguardar, llenos de júbilo y esperanza, el día glorioso de la resurrección. Por nuestro Señor Jesucristo... Amén.

Lectura del libro de los Hechos de los Apóstoles
(5, 27-32. 40-41)
En aquellos días, el sumo sacerdote reprendió a los apóstoles y les dijo: “Les hemos prohibido enseñar en nombre de ese Jesús; sin embargo, ustedes han llenado a Jerusalén con sus enseñanzas y quieren hacernos responsables de la sangre de ese hombre”. Pedro y los otros apóstoles replicaron: “Primero hay que obedecer a Dios y luego a los hombres. El Dios de nuestros padres resucito a Jesús, a quien ustedes dieron muerte colgándolo de la cruz. La mano de Dios lo exaltó y lo ha hecho jefe y salvador, para dar a Israel la gracia de la conversión y el perdón de los pecados. Nosotros somos testigos de todo esto y también lo es el Espíritu Santo, que Dios ha dado a los que lo obedecen”. Los miembros del sanedrín mandaron azotar a los apóstoles, les prohibieron hablar en nombre de Jesús y los soltaron. Ellos se retiraron del sanedrín, felices de haber padecido aquellos ultrajes por el nombre de Jesús. Palabra de Dios. Te alabamos, Señor.

Salmo Responsorial Salmo 29

Te alabaré, Señor, eternamente. Aleluya.

Te alabaré, Señor, pues no dejaste que se rieran de mí mis enemigos. Tú, Señor, me salvaste de la muerte y a punto de morir, me reviviste. Te alabaré, Señor, eternamente.

Alaben al Señor quienes lo aman, den gracias a su nombre, porque su ira dura un solo instante y su bondad, toda la vida. El llanto nos visita por la tarde; por la mañana, el júbilo. Te alabaré, Señor, eternamente.

Escúchame, Señor, y compadécete; Señor, ven en mi ayuda. Convertiste mi duelo en alegría, te alabaré por eso eternamente. Te alabaré, Señor, eternamente.

Leitura do Livro do Apocalipse de São João:

Eu, João, vi e ouvi a voz de numerosos anjos, que estavam em volta do trono, e dos Seres vivos e dos Anciãos. Eram milhares de milhares, milhões de milhões, e proclamavam em alta voz: “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória, e o louvor”.
Ouvi também todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles existe, e diziam: “Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, o louvor e a honra, a glória e o poder para sempre”.
Os quatro Seres vivos respondiam: “Amém”, e os Anciãos se prostraram em adoração daquele que vive para sempre. 
- Palavra do Senhor.
  - Graças a Deus.

† Lectura del santo Evangelio según san Juan (21, 1-19)
En aquel tiempo, Jesús se les apareció otra vez a los discípulos junto al lago de Tiberíades. Se les apareció de esta manera: Estaban juntos Simón Pedro, Tomás (llamado el Gemelo), Natanael (el de Caná de Galilea), los hijos de Zebedeo y otros dos discípulos. Simón Pedro les dijo: “Voy a pescar”. Ellos le respondieron: “También nosotros vamos contigo”. Salieron y se embarcaron, pero aquella noche no pescaron nada. Estaba amaneciendo, cuando Jesús se apareció en la orilla, pero los discípulos no lo reconocieron. Jesús les dijo:
‘”Muchachos, ¿han pescado algo?” Ellos contestaron: “No”. Entonces él les dijo: “Echen la red a la derecha de la barca y encontrarán peces”. Así lo hicieron, y luego ya no podían jalar la red por tantos pescados. Entonces el discípulo a quien amaba Jesús le dijo a Pedro: “Es el Señor”. Tan pronto como Simón Pedro oyó decir que era el Señor, se anudó a la cintura la túnica, pues se la había quitado, y se tiró al agua. Los otros discípulos llegaron en la barca, arrastrando la red con los pescados, pues no distaban de tierra más de cien metros. Tan pronto como saltaron a tierra, vieron unas brasas y sobre ellas un pescado y pan. Jesús les dijo: “Traigan algunos pescados de los que acaban de pescar”. Entonces Simón Pedro subió a la barca y arrastró hasta la orilla la red, repleta de pescados grandes. Eran ciento cincuenta y tres, y a pesar de que eran tantos, no se rompió la red. Luego les dijo Jesús: “Vengan a comer”. Y ninguno de los discípulos se atrevía a preguntarle: “¿Quién eres?”, porque ya sabían que era el Señor. Jesús se acercó, tomó el pan y se lo dio y también el pescado. Esta fue la tercera vez que Jesús se apareció a sus discípulos después de resucitar de entre los muertos. Después de comer le preguntó Jesús a Simón Pedro: “Simón, hijo de Juan, ¿me amas más que éstos?” El le contestó: “Sí, Señor, tú sabes que te quiero». Jesús le dijo: “Apacienta mis corderos”.  Por segunda vez le preguntó: “Simón, hijo de Juan, ¿me amas?” El le respondió: “Sí, Señor, tú sabes que te quiero”. Jesús le dijo: “Pastorea mis ovejas”.  Por tercera vez le preguntó: “Simón, hijo de Juan, ¿me quieres?” Pedro se entristeció de que Jesús le hubiera preguntado por tercera vez si lo quería y le contestó:
“Señor, tú lo sabes todo; tú bien sabes que te quiero”. Jesús le dijo: “Apacienta mis ovejas.  Yo te aseguro: cuando eras joven, tú mismo te ceñías la ropa e ibas a donde querías; pero cuando seas viejo, extenderás los brazos y otro te ceñirá y te llevará a donde no quieras”.
Esto se lo dijo para indicarle con qué género de muerte habría de glorificar a Dios. Después le dijo: “Sígueme”.
Palabra del Señor. Gloria a ti, Señor Jesús.

Credo.+ homilía
Oración de los Fieles /

 Celebrante: El Señor está en medio de nosotros y nos ofrece su amor. Por eso digamos con fe: Te lo pedimos, Señor.

 Para que Jesús Resucitado vivifique el compromiso de los cristianos y recree nuestro amor. Te lo pedimos, Señor.

Para que a los prisioneros, emigrantes y desterrados, se les manifieste el mensaje liberador del Evangelio y esperen en él. Te lo pedimos, Señor.

Para que a pesar de nuestros fracasos y movidos por la fe, confiemos en el poder de Jesús Resucitado. Te lo pedimos, Señor.
Para que unidos a toda la Iglesia celebremos el Sacramento del amor y dejemos que Jesús nos transforme. Te lo pedimos, Señor.

Padre bueno, acércate a tu Iglesia, guía sus pasos, recréala en tu amor y haz que viva la fe en tu Hijo que la amó y se entregó por ella. Por Jesucristo nuestro Señor. Amén.

LITURGIA EUCARÍSTICA. Prefacio de Pascua II

Plegaria eucarística: / Oración sobre las ofrendas.

Acepta, Señor, los dones que te presentamos llenos de júbilo por la resurrección de tu Hijo, y concédenos participar con él, un día, de la felicidad eterna. Por Jesucristo, nuestro Señor. Amén

Santos. / Rito de la comunión: Padre nuestro/ Rito de la paz, /cordero de Dios, la fracción del pan, /comunión:

Oración después de la Comunión.

Mira, Señor, con bondad a estos hijos tuyos que has renovado por medio de los sacramentos, y condúcelos al gozo eterno de la resurrección. Por Jesucristo, nuestro Señor. Amén.


INFORMES PASTORALES:

Ø Convivencia juvenil- 19-20 abril
Edad  mínima 11 años cumplidos.

Aporte $ 10




quinta-feira, 4 de abril de 2013

A RENOVAÇAO DA IGREJA É TAREFA DE TODOS!

Artigo corajoso e sobretudo realista do teólogo espanhol José Maria Castilho em seu blog TEOLOGÍA SIN CENSURA e traduzido pela Unisinos ( http://www.ihu.unisinos.br/noticias/518983-a-renovacao-na-igreja-e-tarefa-de-todos).

A RENOVAÇAO DA IGREJA É TAREFA DE TODOS!


Papa Francisco, pelas coisas que disse desde o dia em que foi eleito e, mais ainda, por sua chamativa forma humilde e simples de se apresentar em público (já desde que era arcebispo de Buenos Aires), despertou tais expectativas de renovação na Igreja, que, com razão, viu-se nele uma evocação de João XXIII. O recente livro de José Manuel Vidal eJesús Bastante deixa claro este aspecto do novo Papa. Para não falar dos intermináveis comentários, no mesmo sentido, que a mídia divulga diariamente e que, em quantidades assombrosas, circulam pela internet. É evidente que são muitos os católicos que veem a renovação da Igreja não apenas como uma possibilidade, mas inclusive como uma probabilidade próxima.

Ninguém coloca em dúvida que esta possível (inclusive provável) renovação da Igreja é uma excelente esperança, que se deve fomentar em tudo quanto esteja ao nosso alcance. Mas, atenção! Esta esperança de renovação está eivada de ameaças e perigos, que não são nenhuma besteira. Nem são, desde logo, problemas imaginários.

Para começar, o mais importante de tudo é que a renovação da Igreja não depende apenas do Papa. Por mais genial que seja este homem, por mais evangelicamente que viva e por mais original e firme que seja na tomada de suas decisões, a Igreja é tão grande, tão complexa e, em não poucos e importantes assuntos, uma instituição tão complicada, que um único homem não pode (nem poderá) renovar a Igreja, como ela necessita ser renovada neste momento e como estão as coisas.

Não nos façamos, pois, falsas ilusões. A renovação da Igreja depende, evidentemente e em medida destacada, do que diga e faça o Papa. Como depende também logicamente da Cúria Vaticana. Mas, se falamos seriamente de renovação da Igreja, não esqueçamos nunca que a Igreja somos todos. E, portanto, depende de todos a tão esperada e desejada renovação.

Ao dizer isto, não sou tão ingênuo para imaginar que os mais de um bilhão de crentes, que fazem parte da Igreja, vão mudar da noite para o dia. E assim “teremos servida” a desejada renovação. É verdade que, se o Papa muda – em seu estilo de vida e em seus ensinamentos –, a Igreja muda e se renova. Mas, tão certo como isso é o fato de que, se o que os católicos esperam do Papa que diga e faça o que convém ou interessa a cada, nesse caso o poder renovador do Papa ficará limitado em não poucos assuntos. E em coisas muito importantes nós seremos os primeiros a anular as melhores tentativas do novo Papa.

Sejamos claros. Se, por exemplo, os teólogos que foram censurados ou inclusive afastados de sua tarefa de ensinar em seminários ou centros superiores de estudos eclesiásticos, esperam e querem que o novo Papa os restitua, na “dignidade perdida!”, farão um desserviço à Igreja.

Na Igreja, as últimas décadas foram de difícil convivência. Nos dividimos, brigamos, causamos danos uns aos outros. Com frequência, os que tiveram algum poder (embora tenha sido pouco, como creio que é o meu caso), seguramente, dissemos ou fizemos coisas que causaram sofrimento e humilharam outras pessoas. Se agora eu espero uma renovação da Igreja, que consistiria em que o Papa me desse razão e excluísse os que não pensam como eu, com semelhante esperança não procuro a renovação da Igreja. O que estaria buscando, neste caso, seria a minha própria promoção, meu triunfo sobre os outros. Agindo assim, faria o mais repugnante serviço que se pode prestar à causa de Jesus e seu Evangelho. E esse seria o pior serviço que se pode fazer à Igreja.

Como é lógico, o que estou dizendo deveria ser aplicado, com liberdade, audácia e transparência, do mesmo modo aos grupos progressistas e conservadores. Do mesmo modo aos que querem mais “observância” e aos que lutam para que na Igreja haja mais “liberdade”. Em uns e outros, creio, são o respeito, a tolerância e a bondade os comportamentos que tornarão possível uma Igreja que vá se capacitando para baixar, para descer, para se aproximar dos milhões de criaturas que não pretendem estar acima de ninguém, mas simplesmente viver em paz, com honradez, com abertura mental diante das ideias ou projetos dos outros e, sobretudo, uma Igreja próxima dos últimos, identificada com os que menos têm, acolhedora sempre e com todos, independentemente das ideias e das crenças que cada um pôde assumir na sua vida.

A cada dia que passa vejo isto mais claramente. Todos sabem que, nos dois últimos pontificados anteriores a Francisco, os grupos mais conservadores, precisamente porque a maioria dos bispos contava de maneira incondicional com esses grupos, estes gozaram da proximidade de Roma, de muitos e importantes cargos na Cúria e, evidentemente, do favor de todos e tantos bispos. Ao mesmo tempo em que outros grupos – penso nas comunidades e teólogos afins à Teologia da Libertação – se sentiram esquecidos ou, ao menos, marginalizados. Pois bem, se agora esperamos que em alguns casos os privilégios se mantenham, ou que, em outros, haja revanches, mais ou menos dissimulados, nos dedicaremos à indesejável tarefa de colocar mais lenha na fogueira desta Igreja que dizemos amar, mas que na realidade amamos enquanto ela nos manteve na boca do povo.

O fundo do problema está em que a “lógica da renovação” da Igreja não é a “lógica da razão”, mas a “lógica do Evangelho”, que é paradoxalmente a “lógica do caos”; a “desordem” que Jesus provocou com sua conduta, com seus conflitos no Templo e com os dirigentes religiosos de seu tempo. A conduta evangélica que se traduziu no “medo da bondade” e no “medo da ternura”, que o Papa Francisco pediu aos Chefes de Estado (na missa de sua nomeação oficial) que tinha que ser superado.

Evidentemente, só com bondade não se governa nem se ajeitam as coisas. Às vezes, é preciso tomar decisões dolorosas. Mas que sejam tomadas por quem as deve tomar. Se cada um pretende “fazer justiça com as próprias mãos” e que o Papa dê razão a ele, às suas ideias e aos seus interesses, faremos fracassar conjuntamente este Papa e todos os “franciscos” que se interpuseram no torpe e desorientado caminho dos nossos fanatismos. O caminho que muitos trilhamos, inclusive com estúpido orgulho, até este momento.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Encontrei esse artigo na página do LeSoleil, um jornal (um pouco anti-clerical) daqui e resolvi publicar. O texto é feito pela ex-namorada do atual monge.

http://www.lapresse.ca/le-soleil/opinions/chroniqueurs/201304/02/01-4636934-mon-ex-entre-chez-les-moines.php


Mylène Moisan (Québec)
Ele queria casar, ter filhos. Peguei-o pelas pernas. Ele queria se envolver, eu não. Eu percebo agora que eu não teria sido à altura dele. Patrick Blanchet fez-se monge.



Passamos quase cinco anos juntos no final dos anos 90. Bons anos. Nós nunca fui à igreja, nunca falou sobre Deus. Sinos domingo para a missa às 11 horas, foram nosso despertador. Patrick estudou história na faculdade, eu, um pouco de tudo. Eu queria uma bandeja, ele queria entender de onde viemos, especialmente porque. Eu sabia onde eu queria ir, não ele.

Início de 2000, ele foi contratado pelo Departamento de Recursos Naturais para a história de incêndios florestais. Tornou-se a referência na área, em Quebec, publicou um livro, fundada em 2007, a Sociedade Histórica de Quebec floresta, que eu era um membro fundador. Ele trabalhou duro, valeu a pena. Ele era gerente geral, nunca deixou projetos. O dinheiro finalmente retornou.

Foi em Quebec, na semana passada para sua última reunião. Era a sua "última aparição pública", como ele disse em tom de brincadeira. Noite de quinta, ele voltou a Charlevoix, o Mosteiro da Cruz Gloriosa, onde o esperado dez irmãos mais jovens. Eles chamam como que irmãos, pequenos. O mais novo está na casa dos quarenta anos, o mais velho tinha 65 anos. Patrick tem 39.

Ele tinha motton, Patrick, quando todos nós lunché segunda-feira. Ele pediu um steak tartare, mal foi tocado. Ele perdeu o hábito de comer grandes refeições, tem sido cinco meses em que viveu no mosteiro. Ele foi para tentar a vida de um monge. Até 5h, 21h mentindo oração cinco vezes por dia, pelo menos, meia hora de adoração. Com isso, ele continuou a gerir a história da empresa.

Ele manteve contato com a empresa em tudo.

Em maio, ele cortou contato. Um novo CEO vai tomar seu lugar. Patrick vai dar-lhe o seu telefone celular, seu computador. Ele não vai resolver em Quebec. "Socialmente, é uma espécie de sacrifício." Ele nunca fez coisas como as outras pessoas, mas, desta vez, ele supera a si mesmo. "Eu nunca fui marginal."

Nunca foi tão feliz.

A primeira vez que ele colocou o pé no mosteiro, que foi em 2010. A sociedade histórica estava viajando em alta velocidade, Patrick era a língua para baixo. Um tio contou-lhe sobre o lugar, onde todos podem ir de alguns dias para recuperar o fôlego. Ele ficou 36 horas. "Eu fui lá porque parecia que a comida era melhor do que em qualquer outro lugar!" Patrick é um epicurista.

"A primeira vez eu achei muito tempo. Dormi quase todo o caminho, eu só fui a um escritório. Eu nunca pensei viver esta vida, era muito impossível. Eu vivia na ação. E eu tinha um ódio da igreja, com raiva. "Ele encontrou seu irmão John Cannon, com quem teve uma longa conversa. Ele fez um sacramento do perdão com ele, fez a paz. "Foi mais difícil do que qualquer coisa que eu tinha experimentado antes."

Eu lhe disse que eu não tinha peso.

Patrick retornou ao mosteiro várias vezes depois disso. Ele ficou cinco meses de novembro de 2011 a maio de 2012. "Eu não me tornei um monge, mas uma pessoa melhor, para melhor gerir o meu negócio." Mas, aparentemente, Deus não ouve assim. "Houve uma série de sincronicidades, sinais. Era como um diálogo, foi demais. "Eu perguntei a ele para obter mais detalhes. "Vamos dizer que eu morava lá experiências que eu nunca vou negar a presença de Deus. Eu preciso de algo extremo para me converter, eu tenho deles. "

Entre ser convertido e tornar-se monge, não é um mundo. Um mundo com uma dúzia de cavalheiros vestido de noite, que passam os dias em oração. Tem um cara de Maurício, que fala seis idiomas, incluindo hebraico e sânscrito. Ele era um hindu de casta superior, trabalhou como tradutor, em Ottawa. Há um sargento do exército de idade, um advogado, um cara que deixou o negócio um músico.

Na noite de domingo, eles se iludem juntos.

"Racionalmente, é impossível amar esta vida. Você tem que viver na humildade, que não era comigo. Estou inclinado, ajudado por uma força. Irmãos, eu os amo. Não é minha amante, ou meus amigos. Eu não escolhi. Estas são as pessoas com quem eu nunca tinha realizado. Estamos unidos pela espiritualidade. É uma vida de hippie que funciona, porque não é que nós escolhemos. "

Os monges também evoluir em seu próprio caminho. A irmãos pouco tem uma página no Facebook, Patrick também irá dela. Ele estava constantemente sobre ele, ele vai na ocasião. Alguns argumentam que esta é uma brecha no claustro. Os caras têm uma semana de férias por ano, que podem fazer o que querem.

Patrick se lembra de sua primeira visita. "Eu estava sentado em uma cadeira, eu assisti os monges e eu pensei que eles devem ter perdido sua vida. Às vezes eu voltar na cadeira ... "Ele lembra do medo que tinha de deixar tudo, lembra-o que as pessoas pensam dele hoje.

"Estou marginalizados no sentido estatístico, porque a igreja é marginalizado. Mas quando eu falar com uma pessoa, o coração aberto, eu recebo revelações incríveis. "O seu grupo está em oração, não no evangelismo. "As pessoas vêm para uma energia que emana de nós."

Um pouco de coragem também. "Ao se tornar um monge, torna-se um símbolo da perda de biodiversidade, como belugas. Eu sou uma espécie em extinção, o único homem enclausurado em 40 no Leste Québec. "Por este verão, Patrick se tornou um novato, será o vestido terá um novo nome. Ele optou por não exercer o seu direito de escolha.

E preocupar-me a ver abandonar essa liberdade que era tão querida. "A liberdade não é livre arbítrio. Eu dou o livre arbítrio, mas eu nunca estive tão livre. Deve haver uma liberdade de dizer sim a esta vida. "

Amen.