sábado, 24 de março de 2012

Tweens - o que são?


Tweens uma nova geração de crianças


O termo tween foi criado para caracterizar meninos e meninas de 8 a 14 anos: uma mistura de teens (adolescente, em inglês) e between (no meio de).

Essa turma entre a infância e a puberdade cresce num mundo bem diferente daquele dos pais - as fotos do nascimento, por exemplo, não estão reunidas em álbuns, mas em sites e blogs.

Essa turma pode não ter ainda muita altura, mas apresenta grande interesse para a indústria. É uma geração única, que tem mais acesso a informação do que os pais. Não quer apenas consumir. Os tweens são exigentes e sabem o que querem.

Por causa das novas tecnologias de comunicação, conseguem se concentrar em mais de cinco canais de informação simultâneos - TV, internet, música, messenger, videogames etc. -, enquanto os pais não conseguem dar conta de dois.

Uma pesquisa constatou que os tweens gastam em torno de R$ 2 trilhões em todo o mundo. Como influenciam os gastos dos pais, esse valor pode chegar a inimagináveis R$ 350 trilhões.

Uma criança de 3 anos já consegue reconhecer marcas, as de 2 anos podem ser influenciadas na questão da lealdade a uma marca, e todo ano são expostas a 30 mil anúncios. Assim, possuem um poder de escolha muito maior do que as crianças do passado. São eles que definem a compra de jogos e brinquedos, escolhem a marca do tênis e também das roupas que desejam vestir. Aos pais, obviamente, cabe pagar as contas.

As confecções brigam para atingir esse filão. São grandes marcas como Nike, Adidas e Puma, e não apenas a Pakalolo de antigamente, que disputam suas vendas. A Louis Vuiton, por exemplo, vende cada vez mais bolsas para os tweens. As mães que se cuidem!

As empresas de telefonia celular também faturam milhões só com os torpedos que a meninada envia. Esse mercado não tem limites e a tendência é aumentar. É comum que aos 7 anos as crianças já possuam seu próprio celular. Aos 11 anos já definiram suas lojas de roupas favoritas, suas bandas e cantores, e não deixam de lado apetrechos tecnológicos como o iPod.

Falam uma língua estranha: gosto de Hannah Montana, Lizzie Mc Guire, Vanessa Hudgens, High School, destacando programas e artistas americanos que vêm fazendo sucesso no Brasil.

É também nessa idade que começam a colocar as asas de fora, circulando em matinês de clubes, cinemas e shoppings, sem a presença dos pais. Claro, sempre acompanhados de amiguinhos da mesma idade.

Os meninos e meninas de 8 a 14 anos se consideram muito velhos para serem crianças e muito jovens para serem adolescentes. Nessa faixa etária, Barbie e Polly perdem o lugar cativo na prateleira do quarto das meninas para os vidrinhos de perfumes.

Não são apenas um rótulo, mas um fenômeno cultural. Muitas marcas e empresas de consultoria encontram dificuldade para entender o que os tweens querem.

O grande lance é prever o que esses consumidores desejarão quando forem adultos. Se até as empresas de consultoria possuem dificuldades para lidar com os tweens, os pais precisam ser cada vez mais equilibrados para transmitir educação e limites num clima amistoso.

O velho diálogo continua sendo uma peça fundamental para adaptar a realidade de cada família aos novos tempos e às novas exigências da sociedade. Pais atentos e envolvidos com as atividades dos filhos são capazes de perceber e corrigir possíveis exageros e distorções que podem trazer prejuízo à formação da criança.

O sentimento de culpa, tão comum a pais atarefados, não ocorrerá quando o amor e a dedicação estiverem presentes na educação da criança. O ideal é que a educação recebida dos pais seja uma referência para os filhos por toda a vida.
Por:
Flávia Leão Fernandes
CRP 06/68043 Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque em obesidade.

sexta-feira, 16 de março de 2012


GÊNESIS DE UMA IGREJA CONTEMPORÂNEA

ACHEI ISSO NUM BLOG HJ E QUERO PARTILHAR COM VCS. Ainda bem que isso só existe nas Igrejas evangélicas... entre nós católicos não há nada disso rolando...

1 No princípio ele criou  a sua própria igreja, alugando um lugar para reunir algumas pessoas sem ter denominação alguma e declarou a si mesmo “pastor”.
.2 E a igreja era sem forma e vazia, mesmo assim algumas pessoas vieram apoiá-lo. E até então o Espírito de Deus pairava sobre a face daquele lugar.
.3 E o pastor disse: façamos uma oferta para arrumar a igreja e a oferta foi recolhida.
.4 E o pastor viu que a oferta e as pessoas eram boas e apoiavam suas idéias; então separou uma oferta para a igreja e outra para si mesmo.
.5 E o pastor chamou aquilo de doações para não pagar impostos e as que cobriam suas despesas foram chamadas de dízimo. E passou a tarde e a manhã pedindo dinheiro.
.6 Então disse o pastor: haja expansão entre os congregantes e separou as pessoas que o interessavam das que não interessavam muito.
.7 E fez o pastor uma expansão e separou os menores de idade e os chamou de crianças e adolescentes e os maiores de idade de: assembleia geral, grupo de homens, de mulheres, de adultos solteiros… E assim por diante.
.8 E o pastor chamou a expansão de “Minha igreja”. E passou a tarde e a manhã fazendo uma reunião especial para atrair mais pessoas.
.9 Então disse o pastor: Juntem-se aqueles que sabem tocar algum instrumento e descubram quem gosta de cantar. E isso aconteceu.
.10 E chamou o pastor os que tocavam e cantavam de “Meu grupo de louvor” e as outras pessoas de servos. E viu o pastor que isso era bom e lhe convinha.
11 Então disse o pastor: Surja dentre o povo quem venha para a igreja disposto a lavar e limpar os banheiros, cadeiras e deixar tudo arrumado e limpo. E isso aconteceu.
,12 Pois a igreja produzia pessoas de bom coração que ajudavam sem reclamar, pessoas que trabalhavam sem esperar nada em troca e sabiam em seu coração que aquilo que faziam  valia a pena, mesmo sem serem reconhecidos. E viu o pastor que para ele isso era bom e lhe convinha.
,13 E passaram a tarde e a manhã fazendo limpeza e arrumando o templo e colocavam todos dinheiro do próprio bolso para isso.
,14 Então disse o pastor: Haja luz e aparelhos de som para as reuniões e também para eventos especiais; pessoas que entendam de som e venham antes da reunião para preparar tudo e sejam tão comprometidos que posso reclamar se algo não ficou muito bom
,15 e dar ordens como se fossem meus empregados mesmo que nunca recebam um centavo sequer para isso e me servam por muitos anos. E isso aconteceu.
,16 E fez o pastor duas grandes equipes de líderes, os 12 líderes “importantes”, seus amigos e vice-líderes de célula para lhe obedecer sem precisar se relacionar com eles. Assim  nasceram as “estrelas”.
.17 E fez o pastor a expansão de sua igreja e chamou isso de “ministérios”
.18 para exercer domínio em todas as áreas de serviço, o tempo todo procrurando ofuscar os outros e fingindo ter elevados níveis de espiritualidade para alcançar uma posição de liderança. E viu o pastor que isso era bom nisso e o ajudava a controlá-los melhor.
,19 E houve durante a tarde e a manhã cursos de “liderança”.
,20 Disse o pastor: Produzam mais pessoas responsáveis ​​pelas crianças, porque são muito inquietas e distraem os pais da minha pregação da e hora da oferta.
,21 E criou os grandes animais do pastor e os traumas de infância, enchendo as crianças de histórias repetitivas em aulas chatas, professores sem preparação que só conseguiram  fazer que ninguém queria ouvi-lo. E lá estava o pastor que não era bom.
,22 O pastor parabenizou os líderes dizendo: “sejam frutíferos, multipliquem os membros de minha igreja, me tragam ofertas e relatos de pessoas que estão em rebeldia por não pensarem como eu para que possa convencê-las ou mandar embora. E os líderes concordaram.
,23 E houve durante a tarde e a manhã uma refeição apenas para os doze líderes.
24 Então disse o pastor : Gravem um CD de louvor ao vivo de nossa congregação, um site, uma editora para os meus livros e tudo que seja necessário para que vejam como a minha igreja é mais moderna, mais abençoado e melhor que as outras . E isso aconteceu.
,25 E fez ele congressos de jovens, de mulheres, de homens, de líderes de louvor, teve livros publicados, CDs de música gravados; vendeu pregação, ingressos para cafés, seminários, pré-encontros, encontros, reuniões e pós-encontros. E viu o pastor que para ele isso era bom.
,26 Então disse o pastor : “Façamos Deus à minha imagem e semelhança, do jeito que sou e tudo que eu digo de bom ou de ruim, aceitável ou inaceitável, incluindo música, televisão, cinema, roupas, forma de falar, de liderar uma reunião e assim por diante. Mesmo quando não há base bíblica e são apenas meros caprichos serei respeitado. Quem pensar o contrário será julgados à revelia e expulso de minha igreja. Eu vou reinar sobre todos os membros da minha igreja dizendo: “Deus quer, Deus me disse, Deus me mostrou”, quando na realidade é apenas o que “eu digo, eu sinto e eu amo”
,27 E o pastor criou Deus  à sua imagem… e Deus viu que isso não era bom.

Mensagem de Dom Milton Santos,sdb – Arcebispo Metropolitano de Cuiabá

NOTA DE PESAR SOBRE OS ACONTECIMENTOS NA ARQUIDIOCESE DE CUIABÁ.
O BISPO É PAI… Em Deus-Pai, também eu – Milton Santos – Arcebispo de Cuiabá,  por causa da graça de Deus e sua misericórdia fui recebendo paulatinamente “um coração de pai…”: tudo foi acontecendo como os passos inseguros de uma criança. Assim, foi pelo meu Batismo e Confirmação; senti-me mais fortalecido pelos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia. O “coração de pai…” sentia que realmente começava a gerar vida pela ordenação sacerdotal! Quando, um dia o Beato Papa João Paulo me nomeou Bispo de Corumbá, e, dois anos e oito meses depois me transferiu para a Arquidiocese de Cuiabá.
Preciso permitir ao Espírito Santo que no dia-a-dia a sua ação me faça sempre mais parecido com Deus-Abbá, principalmente, com os Sacerdotes, os filhos queridos do Coração Imaculado de Maria, a Mãe dos Sacerdotes. Jesus, Sumo Sacerdote, nos mostrou de maneira palpável o coração de Deus-Pai: “Pai-nosso, que estais nos céus…”
Somos também uma Família: a Arquidiocese de Cuiabá! É uma riqueza nesta Família os irmãos diferentes uns dos outros: a proveniência, a idade, a cultura, a espiritualidade, o temperamento… Mas,  o caminho é, às vezes, penoso, desgastante para viver o espírito de comunhão, o que “requer aprendizagem com regras precisas, tempos longos, etapas definidas; exige uma estratégia educativa, com seu ritmos e os seus espaços…” (Doc. do Sínodo Arquidiocesano – 2004 a 2008 – §24)
Com tudo isso, sabemos que “os desequilíbrios que sofre o mundo contemporâneo estão ligados a um desequilíbrio mais profundo, que enraíza no coração do homem…” (GS 10)
Principalmente,  momentos nos quais acontecem circunstâncias que não foram premeditadas uma pedrinha-acontecimento pode parecer fatal: deu início a uma avalanche, começou um tsunami na sociedade por causa da Internet: que pena!
“É urgente que o amor se revista de roupagens-de-perdão… E que as roupagens-de-perdão sejam nossas vestes: – vestir-se-de-perdão nos pensamentos! – Vestir-se-de-perdão nas palavras! – Vestir-se-de-perdão nas atitudes, nos atos!
Somente com estas “roupas” somos aceitos por Deus! O perdão veste o rosto de alegria.
As pessoas humanas precisam perceber que o perdão é uma “invenção” do AMOR, que o perdão restaura o AMOR, e que, sem AMOR NÃO SE VIVE: MORRE-SE!
SOMENTE UM “PERDÃO SEM LIMITES…” NOS FAZ FILHOS E FILHAS DE DEUS-ABBÁ! ESPECIAL BÊNÇÃO PARA QUEM RECEBER ESTA MENSAGEM: “+ PAI, FILHO, E ESPÍRITO SANTO! AMÉM!”
+Milton Santos – Arcebispo Metropolitano  de Cuiabá, MT
Cuiabá, 09 de março de 2012.

quinta-feira, 8 de março de 2012

http://nossasenhorademedjugorje.blogspot.com/2012/03/carta-aberta-pe-paulo-ricardo.html


Cuiabá, Mato Grosso


27 de fevereiro de 2012



Excelentíssimos e Reverendíssimos Senhores



Bispos, Padres e Povo de Deus



CNBB, ANP, /CNP, CRB, Regional Oeste II



Estado de Mato Grosso



Excelências Reverendíssimas, sacerdotes e povo de Deus



Consternados dirigimo-nos aos senhores para levar a público nossos sentimentos de compaixão e constrangimento com relação ao nosso co-irmão no sacerdócio, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, do clero arquidiocesano de Cuiabá. O que nos move é nosso desejo de comunhão, unidade, amor à Igreja e ao sacerdócio e a busca de verdadeira justiça, reconciliação e perdão.



Diante de um homem amargurado, fatigado, raivoso, compulsivo, profundamente infeliz e transtornado toma-nos, como cristãos e como sacerdotes, um profundo sentimento de compaixão e misericórdia. Diante de suas reiteradas investidas contra o Concílio vaticano II, contra a CNBB e, sobretudo, contra seus irmãos no sacerdócio invade-nos um profundo sentimento de constrangimento e dor pelas ofensas, calúnias, injúrias, difamação de caráter e conseqüentes danos morais que ele desfere publicamente e através dos diversos meios de comunicação contra nós, sacerdotes e bispos empenhados plenamente na construção do Reino de Deus.



Exporemos aqui estas duas questões com o máximo possível de objetividade na esperança que esta carta aberta seja acolhida com o mesmo espírito com que foi redigida e, mais ainda, na esperança de que encontraremos, com a intervenção segura e consciente de nosso querido Dom Milton Antônio dos Santos, arcebispo de Cuiabá, uma solução definitiva para esta questão e que seja sempre para a maior glória do Reino de Deus e para retomarmos o bom caminho.



Somos padres diocesanos e religiosos da Arquidiocese de Cuiabá e das demais dioceses do estado de Mato Grosso. Há décadas, dedicamo-nos, todos nós, com afinco, zelo e dedicação apostólica à instrução do povo nos caminhos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, não merecemos as calúnias, injúrias e difamação de caráter que Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior desfere contra nós.



Vinde e Vede 2012



Há vinte e seis anos a Arquidiocese de Cuiabá organiza, patrocina e realiza, no período do carnaval, uma grande concentração religiosa, de massa, denominada “Vinde e Vede”. A este encontro acorrem milhares de pessoas do país inteiro, mas particularmente das paróquias da Arquidiocese de Cuiabá e dioceses vizinhas. Entre momentos festivos e momentos celebrativos, o encontro é também agraciado com oradores sacros dos mais diversos nortes do país. Entre estes oradores está também Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, homem de verbo fácil, de muitos artifícios oratórios e também de muitas falácias e sofismas. Suas pregações sempre derrapam para denúncias injuriosas e caluniosas contra os bispos, os padres e o povo de Deus em geral. Com o advento das novas tecnologias da comunicação adotadas com maestria pelos organizadores deste grande evento, as lástimas de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior ressoam em todo o mundo.



Leiam com paciência. Transcreveremos aqui parte de sua palestra proferida na última edição do “Vinde e Vede”. Intitulada “Totus tuus, Maria!”



“O espírito mundano entrou dentro da Igreja. E entrou onde? Entrou o espírito mundano de que jeito dentro da Igreja? Pelos leigos? Entrou o espírito mundano de que jeito dentro da Igreja? Foi nos catequistas? Foi (sic) os ministros da comunhão? Foi através dos cenáculos do Movimento Sacerdotal Mariano que entrou o espírito mundano dentro da Igreja? NÃO! Nossa Senhora diz como foi que o espírito mundano entrou dentro da Igreja: ‘quantas são as vidas sacerdotais e religiosas que se tornaram áridas pelo secularismo que as possui completamente’. Deixa eu explicar o que Nossa Senhora está dizendo porque às vezes Nossa Senhora fala na linguagem que a gente não entende. Gente, ela tá falando de padres. Vidas sacerdotais aqui é PADRE! Quantos padres foram tomados COM-PLE-TA-MEN-TE pelo espírito do mundão. Tá entendendo? Caíram no mundão, no mundo. Ela fala espírito do secularismo. Quer dizer que estão no mundão, tão na festança, tão no pecado. Não querem mais ser padres. Querem ser boy. Querem tar na moda. Tá entendendo? Querem ser iguais a todo mundo. Padre que quer ser igual ao mundo! É isto que Nossa Senhora tá falando! O espírito... Vejam: Nossa Senhora está dizendo que a Igreja tá sofrendo um calvário. E por quê? Porque entrou dentro da Igreja o espírito do mundo. E entrou como? Entrou por causa de padre! Por causa de padre que não é padre! Por causa de padre que não honra a batina porque, aliás, nem usa a batina! (aplausos). ‘a fé se apagou em muitas delas.’ Deixa eu falar aqui claro pra vocês porque Nossa Senhora fala mas ocê num entende. A fé se apagou em muitas vidas sacerdotais, deixa eu dizer em português claro pra vocês. Tem padre que deixou de ter fé. É isso que Nossa Senhora tá dizendo. Está dizendo isto no dia em que o Papa João Paulo II estava aqui em Cuiabá. ‘A fé se apagou em muitos padres por causa dos erros que são sempre mais ensinados e seguidos. A vida da graça já está sepultada pelos pecados que se praticam, se justificam e não são mais confessados.’ O que que Nossa Senhora ta dizendo? Vamos trocar em miúdos aqui! Nossa Senhora está dizendo que a vida da graça de muitos padres – o padre tem que viver uma vida da graça. A vida da graça de muitos padres está SE-PUL-TA-DA! Posso dizer mais claro? Morreu! A vida da graça de padres pode morrer também. Como? Nossa Senhora diz: ‘pelos pecados’. Os pecados que praticam, aí depois que eles praticam, justificam: Não... não é pecado. Antigamente é que era pecado, agora não é mais pecado. (com ar de deboche). Entendeu? Nós temos que ser, nós temos que mostrar pra o mundo que a Igreja tem um rosto aberto, que a igreja está aberta pro mundo. Aí lá vai o padre pular carnaval, no meio de mulher pelada. Aí lá vai o padre fazer festa na arruaça, beber, encher a cara até cair. Pra dizer o quê? Ahh, o mundo... eu tenho que pregar o evangelho pro povo, pros jovens... O jovem tem que acreditar na Igreja, então eu tenho que ir lá, eu tenho que ficar junto com o jovem. Eu tenho que viver a vida que todo mundo vive. Gente, eu não sou melhor do que ninguém e Deus sabe os meus pecados [...]”.



Pobre em espírito e conteúdo, esta palestra escamoteia um texto não oficial, escrito pelo fundador e personalidade maior do Movimento Sacerdotal Mariano, Padre Stefano Gobbi. Lembremos apenas as palavras do Papa Bento XVI na exortação apostólica Verbum Domini: [...] “a aprovação eclesiástica de uma revelação privada indica essencialmente que a respectiva mensagem não contém nada que contradiga a fé e os bons costumes; é lícito torná-la pública, e os fiéis são autorizados a prestar-lhe de forma prudente a sua adesão. [...] É uma ajuda, que é oferecida, mas da qual não é obrigatório fazer uso.” (Verbum Domini, n. 14).



É desastrosa e danosa à reputação de milhares de sacerdotes à “tradução” e “interpretação” que padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior dá às supostas palavras de Nossa Senhora ao Padre Stefano Gobbi.



Ainda Bento XVI, por ocasião da Conferência de Aparecida nos advertia: “Não resistiria aos embates do tempo uma fé católica reduzida a uma bagagem, a um elenco de algumas normas e de proibições, a práticas de devoções fragmentadas, a adesões seletivas e parciais da verdade da fé, a uma participação ocasional em alguns sacramentos, à repetição de princípios doutrinais,



a moralismos brandos ou crispados que não convertem a vida dos batizados. Nossa maior ameaça é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se desgastando e degenerando em mesquinhez” [...]. (DAp. N. 12).



O moralismo crispado e falso de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior reduz a rica tradição da Igreja a um pequeno número de normas e restrições, com uma verdadeira obsessão de traços patológicos pelo uso da batina, fato que provocou recentemente um grande desgaste ao clero e ao povo da Arquidiocese de Cuiabá e volta a provocar agora, na 26ª edição do “Vinde e Vede”.



Interpreta ele erroneamente o Cânon 284 do Código de Direito Canônico (do qual se diz mestre) - “os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais.” - e também as normas estabelecidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que observam: “nas determinações concretas, porém, devem levar-se em conta a diversidade das pessoas, dos lugares e dos tempos.”



Colocando-se talvez no lugar de Deus, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior julga e condena inúmeros irmãos no sacerdócio que levam vida ilibada e que são reconhecidamente compromissados com o Evangelho, com a Igreja e com o Reino de Deus. Ele espalha discórdia e divisões desnecessárias e prejudiciais ao crescimento espiritual do clero e do povo de Deus. De forma indireta, condena nosso arcebispo emérito Dom Bonifácio Piccinini e nosso atual arcebispo, Dom Milton Antônio dos Santos. Ambos, dedicados inteiramente, com generosidade e abnegação ao Reino de Deus e à Igreja, não usam batina, como observou em junho passado uma fiel leiga presente a uma dessas contendas levadas a cabo por Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior e seus sequazes.



Ademais, o uso que ele faz da batina é puramente ideológico. Não a usa como veste, pois não a usa sempre. Usa-a apenas como instrumento de ataque àqueles que elegeu como seus desafetos. Essencial seria ele perguntar-se a si mesmo: “o que quero esconder ou o que quero mostrar com o uso da batina?” Não somos contra o uso da batina. Entendemos que identidade sacerdotal, bem construída, se expressa no testemunho pessoal e nas obras apostólicas e não na batina. Somos contra o uso ideológico que se faz dela e a condenação daqueles que “levam em conta a diversidade das pessoas, dos lugares e dos tempos.”



Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior: uma pessoa controversa



Muitos dos problemas enfrentados pela Arquidiocese de Cuiabá têm origem, continuação e fim na pessoa do Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, dono de uma personalidade no mínimo controversa.



Apesar de todos os esforços de nosso querido Dom Milton Antônio dos Santos em busca da unidade, pouco se tem alcançado. Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior continua exercendo sua influência nefasta e dividindo o clero e o povo de Deus na arquidiocese de Cuiabá e no Regional Oeste II. E, mais importante, no SEDAC e nos seminaristas de todos os seminários do estado de Mato Groso.



Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior ultrapassa os limites do fanatismo quando se trata de questões teológicas, eclesiais e pastorais. Não é um teólogo e nunca foi um homem de pastoral. É apenas um polêmico, capaz de julgar e condenar a todos que não se submetem aos seus ditames e interesses de carreira.



Guardião de ortodoxias e censor de plantão, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior costuma ser pouco honesto. Honestidade intelectual é proceder com humildade, modéstia, cautela nas críticas, observou recentemente o Papa Bento XVI em homilia ao clero da Diocese de Roma. A impetuosidade e o açodamento característicos da personalidade do Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior terminam por levá-lo a pecar contra a objetividade. Condena antes de saber de que se trata. Tem mais faro que inteligência, mais instinto que razão, mais paixão que serenidade, mais zelo doentio que honestidade.



Por ocasião da campanha eleitoral para a presidência da república, enfurnou-se em um cordão de calúnias, ameaças e difamação contra candidatos, contra o povo e contra a própria CNBB. A coisa se agravou a tal ponto que o arcebispo de Cuiabá teve que publicar uma carta proibindo o uso da missa e do sermão para campanhas político-partidárias.



Na mesma ocasião, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior publicou na rede mundial de computadores uma carta difamatória contra os bispos, chamando-os de cachorros. “Cachorros que latem, mas não mordem.” A atitude de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior deixou muitos bispos do Regional Oeste II profundamente consternados.



Ultimamente, tem difamado a CNBB, os bispos do Brasil e o Concílio Vaticano II na rede de TV Canção Nova. Este fato foi denunciado na última Assembléia Geral da CNBB.



Não obstante os já mencionados esforços de nosso arcebispo em busca da unidade, nossa Arquidiocese se aprofunda mais e mais em divisões, inúteis, desnecessárias e nocivas ao crescimento humano e espiritual da parcela do povo de Deus que nos foi confiada.



Solicitamos, portanto, de Vossas Excelências Reverendíssimas que Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior seja imediatamente afastado das atividades de magistério no Sedac e das demais atividades por ele desenvolvidas nas diversas instituições formativas sediadas na Arquidiocese e fora dela tais como direção espiritual de seminaristas, palestras, conferências e celebrações, pois não tem saúde mental para ser formador de futuros presbíteros. Pedimos também que seja afastado de todos os meios de comunicação social em todo e qualquer suporte, isto é, meios eletrônicos, meios impressos, mídias sociais e rede mundial de computadores.



Pedindo a bênção de Vossas Excelências Reverendíssimas, despedimo-nos com o coração cheio de esperança de que muito em breve será encontrada uma solução para esta constrangedora situação que tem se consolidado em nossa Arquidiocese.



Na obediência, na fé e na comunhão para nunca mais acabar,



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